As antenas repetidoras foram colocadas nos postes da Avenida Brasil, mas o acesso sem fio à internet, lançado esta semana pelo governador Sérgio Cabral, continua na contramão dos usuários de computador que tentam acessar a grande rede na principal via expressa do Rio de Janeiro. O EXTRA testou o serviço e encontrou falhas que comprometem a sua eficiência.O início da aventura transcorreu sem maiores problemas. Para encontrar a conexão, utilizando um laptop com a configuração recomendada, não houve dificuldade. Logo após o acionamento da chave Wi-Fi, comando que faz o computador buscar os sinais disponíveis no ar, surgiu na tela o ícone Avenida Brasil Digital.
A partir daí, foi só decepção. Teoricamente, bastaria clicar no comando "conectar" para iniciar o passeio pelas ondas do mundo virtual, mas, desde o início da área de cobertura, em Manguinhos, a conexão apresentou variações entre "lenta" e "muito lenta". De acordo com o projeto do Governo do Estado, a internet sem fio iria correr os 58 km da Brasil. Na prática, ela mal conseguiu levantar e tropeçou antes da metade do caminho. Na altura do Jardim América, ainda na Zona Norte da cidade, estabilizou em "muito lenta" até o sinal cair, definitivamente.A falta de estabilidade da conexão impediu a navegação com um mínimo de qualidade. Devido a um congestionamento na pista, causado por dois acidentes sem gravidade envolvendo ônibus de linhas urbanas, trafeguei por 90 minutos na via expressa, sem acessar um site sequer. Até a página do buscador Google, reconhecidamente leve e pouco exigente com a conexão, se recusou a mostrar sua cara na tela.
No trecho paralelo ao bairro de Marechal Hermes, poucos quilômetros antes da Zona Oeste, o sinal desapareceu e a espera pela conexão ganhou ares de missão impossível. Passaram bairros como Vila Militar e Realengo, ganhei a companhia de outro engarrafamento, mas perdi de vez a possibilidade de acessar a internet.
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