4 de junho de 2010

Compare tamanho da mancha de petróleo com a sua cidade

Saiba um Pouco mais sobre esse fato
Compare tamanho da mancha de petróleo do Golfo do México com a sua cidade
Veja ao vivo o Vazamento de Petróleo do Golfo de Méchico

Já parou pra pensar o quanto o local onde você mora poderia ser afetado por um desastre como o vazamento de óleo que ocorreu nos Estados Unidos? Para demonstrar o tamanho do problema, o desenvolvedor Andy Lintner criou o site “IfItWasMyHome.com”, que pode ser traduzido livremente como “Se fosse a minha casa”.


A página faz uma combinação entre as imagens do Google Maps e o serviço National Oceanic and Atmospheric Administration, do governo dos EUA. Por meio do site criado por Lintner é possível ver as dimensões atuais da mancha de óleo e ainda movê-la dentro do mapa para visualizar o tamanho que ocuparia em qualquer país ou estado.


Logo após o incidente, os meios de comunicação espalharam a notícia de que a mancha de óleo teria tamanho equivalente a Rhode Island ou Delaware, os menores estados dos EUA. No entanto, atualmente a mancha já tem tamanho suficiente para abranger mais da metade de Connecticut ou, trazendo para o Brasil, o óleo ocuparia quase todo o estado de Santa Catarina.

Em entrevista ao jornal The New York Times, o desenvolvedor comenta que primeiro havia colocado a foto da mancha apenas sobre o mapa de Michigan, para demonstrar para sua esposa o tamanho do incidente. Depois, teve a idéia de usar o Google Maps e permitir que qualquer um pudesse ver e mover a imagem da mancha.

O site foi criado há cerca de uma semana e havia sido divulgado apenas na página do Facebook de seu criador. No entanto, o “IfItWasMyHome” alcançou rapidamente 250 mil visitantes.

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Vazamento de petróleo desafia a tecnologia no Golfo do México

Às 22h do dia 20 de abril houve uma explosão no Golfo do México. Onze funcionários da empresa British Petroleum ficaram desaparecidos no acidente. Desde então, formou-se uma corrida contra aquele que pode ser tornar em breve o maior derramamento de óleo já ocorrido nos Estados Unidos, e um dos maiores da história – somando todas as manchas, a área é comparável ao tamanho de um país como Porto Rico.

O acidente ocorreu em uma região de intensa exploração de petróleo, a 65 quilômetros da costa do estado americano da Louisiana.
Quando a plataforma Deepwater Horizon pegou fogo, um sistema automático deveria ter fechado imediatamente uma válvula no fundo do mar. Deveria, mas não fechou.

O equipamento de emergência falhou e, quando a plataforma afundou, dois dias depois, a tampa do poço ficou aberta. E há 12 dias o petróleo vaza sem interrupção.
E agora que o equipamento falhou, interromper o vazamento de quase um milhão de litros de petróleo por dia no Golfo do México, e que acaba de chegar a uma reserva natural?

Bastaria girar a válvula e o poço ficaria fechado para sempre. Mas o equipamento está a mais de 1,5 mil metros de profundidade.

Robôs

E aqueles que seriam a única esperança estão há quase duas semanas tentando. Robôs submersíveis controlados à distância primeiro tentaram o mais simples: apertar um botão que fecharia a válvula. Nada feito. Eles agora usam ferramentas, como alicates e cabos conectores na tentativa de consertar o defeito.
"Temos um robô trabalhando especificamente na válvula na boca do poço.

Outros estão tentando fechar os vazamentos na tubulação e temos ainda outros robôs monitorando a área para saber se não há ainda mais óleo vazando", explicou ao Fantástico a representante da British Petroleum, Marti Powers.
Perguntada por que os robôs não tiveram sucesso até agora, Mari Powers diz, simplesmente, que não tem como responder.

Em um sinal de desespero, os comandantes da operação apostam em várias estratégias ao mesmo tempo.

Dreno
Já está em construção em um estaleiro próximo uma enorme estrutura metálica, uma câmara de contenção que será colocada sobre a região onde o petróleo está vazando. Por uma espécie de dreno, o óleo contido seria levado até navios-tanque e retirado do mar.
A complexidade da outra estratégia confirma: o vazamento pode demorar meses.

Uma plataforma móvel está sendo rebocada até o local e nos próximos dias começa a perfurar um novo poço ao lado do que está vazando. Pela nova tubulação, os engenheiros pretendem injetar cimento e finalmente bloquear a passagem do petróleo pelos dutos danificados.
Demora

No começo do acidente, dizia-se que o petróleo na superfície do Golfo do México era só uma pequena quantidade, o que sobrou da plataforma perdida. Na última quinta-feira (29), nove dias depois, engenheiros perceberam que vazava quase um milhão de litros por dia. Foi só aí que o presidente Barack Obama veio a público e montou uma força tarefa do governo.
Em uma embarcação da Guarda Costeira, a equipe do Fantástico viajou quase

duas horas pelo Rio Mississippi até a entrada do Golfo do México.
No caminho, os primeiros sinais da megaoperação montada para reduzir o impacto do óleo sobre a reserva ambiental que se forma em torno do rio: mais de 60 quilômetros de barreiras.

Mas a ajuda também chega pelo céu. Aviões jogam dispersantes sobre a mancha, perto de um milhão de litros até agora. É uma espécie de sabão que provoca uma reação química, quebrando o óleo em partículas menores. O óleo se dilui na água e pode ser digerido por bactérias marinhas que usam essas partículas como alimento.

"Pela primeira vez estamos usando dispersantes também na origem, no próprio poço", explica Patrick Keley. "Só assim podemos dissolver o óleo antes que ele chegue à superfície".

Em outra frente, 75 barcos e mais de duas mil pessoas tentam retirar do mar o máximo possível do petróleo derramado. Mas, apesar dos esforços, a cada segundo o volume aumenta. O combustível se espalha e muda de forma.

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